terça-feira, 26 de junho de 2012

Bota dá novos passos para acertar com Seedorf e Rafael Marques



Expectativa com relação ao holandês é de resposta até quinta-feira. Já o atacante do Omiya Ardija recebeu a visita de seu representante no Japão


seedorf coletiva (Foto: Cahê Mota/Globoesporte.com)
Seedorf ainda negocia seu contrato com o Botafogo
(Foto: Cahê Mota/Globoesporte.com)
A cada dia o Botafogo dá alguns passos para reforçar o time. Os nomes mais próximos, por enquanto, são o do meia Seedorf,  ex-Milan-ITA, e do atacante Rafael Marques, do Omiya Ardija-JAP. Reuniões nos últimos dias deram andamento às negociações, que precisam ser resolvidas durante a janela de transferências internacionais, ou seja, até 20 de julho.

Com Seedorf, a expectativa é grande por uma resposta até quinta-feira. O jogador se despediu do Milan e avisou que encerraria a novela em uma semana. Os contatos com a empresárioa Deborah Martin são constantes, discutindo últimos detalhes do contrato antes do anúncio oficial.

No caso de Rafael Marques, um representante do jogador passou os últimos dias no Japão conversando com dirigentes do Omiya para iniciar o processo de rescisão do seu contrato, que termina apenas no fim de 2013. O atacante, de 29 anos, não entrou em campo sábado, em jogo válido pela J-League, por estar machucado.

O Botafogo já está disposto a pagar ao clube japonês para contratar Rafael Marques. O acordo, agora, depende mais de uma variável entre o jogador e o Omiya. Ele seria o atacante para substituir Herrera, negociado com o Emirates Football Club, dos Emirados Árabes.

Além dos dois jogadores, o volante argentino Claudio Yacob, do Racing, interessa ao clube. O lateral-esquerdo Lima, do Internacional, é outro que deve reforçar o Botafogo em breve, mas depende do fim de seu contrato no dia 31 de julho para ser oficializado como reforço.
O Botafogo ainda vai buscar um zagueiro no mercado. Nome de preferência do técnico Oswaldo de Oliveira, Marcos Túlio Tanaka, do Nagoya Grampus-JAP, não será mais contratado. O clube desistiu após impasse entre o jogador e os dirigentes japoneses para conseguir a sua liberação, mesmo com o pagamento da multa de R$ 1,7 milhão.

Por Thales SoaresRio de Janeiro

Síndrome de Robin Hood




Passadas seis rodadas do Brasileirão e o Botafogo, antes conhecido como o time das viradas, agora pode ser taxado de o Robin Hood do campeonato.
Robin Hood é um herói mítico inglês que roubava dos ricos para dar aos pobres, aos tempos do Rei Ricardo Coração de Leão.

Nosso herói alvinegro, estreando diante de sua torcida, conseguiu levar os pontos do poderoso São Paulo, de virada, com um expressivo placar de 4 a 2 e já na semana seguinte, entregava o ouro na bandeja para um fraco Cruzeiro, depois de dominar quase todas as ações do jogo.

O placar de 3 a 2 para a Raposa em pleno Engenhão deixou a torcida preocupada com o primeiro apagão do time no campeonato. Depois dessa vitória inesperada, o time retrancado de Celso Roth se encheu de brios e engatou uma sequência de três vitórias, chegando rapidamente ao topo da tabela.

Na terceira rodada, fomos a Curitiba enfrentar o bom time do Coxa que não perdia em seus domínios havia dez meses. Partimos para o embate, desacreditados e cheio de desfalques. Botafogo e Coritiba fizeram um ótimo jogo, cheio de alternativas e o Alvinegro carioca, com calma e personalidade alcançou uma excelente vitória, também de virada, pelo placar de 3 a 2. A gloriosa torcida se encheu de orgulho, tanto pela vitória, como pela maneira com que o time se recuperou da bordoada anterior. O discurso era de que a derrota para o Cruzeiro fora apenas um acidente de percurso na trajetória rumo ao topo da tabela.

Pois bem. Na semana seguinte veio o jogo contra o Náutico, nos Aflitos. A confiança era tanta que, mesmo jogando fora de casa, só se pensava numa nova vitória alvinegra. Essa confiança foi abatida ainda no primeiro tempo com dois gols do Timbu, pra delírio de sua entusiasmada torcida. Porém as coisas mudaram na volta dos vestiários e o que se configurava como uma derrota vergonhosa, em pouco tempo se transformou numa reação heroica.

Com Elkeson no lugar de Andrezinho, o Botafogo voltou com outra disposição e marcou um gol logo aos três minutos. O adversário perdeu um homem expulso e pouco tempo depois veio o empate. Quando tudo se encaminhava para uma nova virada a favor do Botafogo, inexplicavelmente o time travou e deixou de perseguir a vitória. O castigo por essa falta de ambição veio em dose cavalar. Marcio Azevedo foi expulso e antes do final levamos um tiro fatal. Infantilmente, Vitor Junior, que havia sido deslocado para a lateral esquerda, entregou a bola ao adversário que não perdoou. Gol do Náutico e a tão esperada virada a favor não se confirmou. De novo o placar foi 3 a 2 e dessa vez, contra. A torcida alvinegra que compareceu ao jogo e a que assistiu a tudo pela TV se decepcionou com esse novo apagão.

Chegávamos à quinta rodada e o balanço da campanha contabilizava duas vitórias de virada e duas derrotas carregadas de dramaticidade, uma delas em casa, diante da desconfiada torcida.

De novo desfalcados e cabisbaixos, rumamos pros pampas pra enfrentar o poderoso Internacional em seus domínios. Um Inter sempre candidato e agora revigorado pela volta dos jogadores que serviram à Seleção de Mano.

Não tomamos conhecimento das adversidades e jogamos uma excelente partida. Ganhamos dos colorados com sobras depois de uma invencibilidade de treze jogos invictos no Beira-rio. Andrezinho foi um dos destaques do jogo e marcou seu primeiro gol pelo Botafogo diante de seu ex-time. Viramos a partida pra 2 a 1 depois de sairmos perdendo no intervalo. O feito foi muito festejado pela torcida e o resultado valeu a volta ao G-4.

A semana que antecedeu ao jogo contra a modesta Ponte Preta, foi tumultuada pelas notícias que pipocaram sobre a saída de jogadores importantes, por conta da proximidade da janela de transferência que está pra abrir. Ao mesmo tempo, El Loco, Herrera e Maicosuel se juntaram ao Elkeson na lista de transferíveis. O saldo de fim de semana dava conta de que o titular Herrera já acertara a transferência para um time dos Emirados Árabes. Maicosuel acertaria com a Udinese-IT, já na terça-feira e Elkeson aguardava a concretização de sondagens.

El Loco, depois de ser dispensado da viagem ao sul disse em entrevista de lançamento de produtos de sua patrocinadora, que não se adaptava ao esquema de Oswaldo, que exige um homem de mobilidade na frente. O jogador anunciou sua intenção de deixar o clube já que não seria mais titular da equipe e precisava dessa condição para almejar uma convocação pra jogar a Copa no Brasil, pela Celeste.

Todo esse burburinho, para nós torcedores, não seria motivo bastante para tirar uma vitória contada como certa sobre a modesta Ponte Preta, no Engenhão. Valia a manutenção no concorrido G-4. Mas a tragédia se configurou ao levarmos o primeiro gol com extrema facilidade. Com toques rápidos e precisos, o adversário não teve dificuldades para desenvolver sua estratégia diante de uma marcação afrouxada dos alvinegros.

Fazer cera e atacar com objetividade nas muitas oportunidades proporcionadas pelo Botafogo, deu certo. A quantidade de passes errados e saídas de bola equivocadas foram fatais para as pretensões de um nervoso anfitrião.



Achamos um gol de empate, ainda no primeiro tempo, em cobrança de pênalti cometido sobre M. Azevedo. Andrezinho converteu com categoria. A esperança numa nova virada era clara depois do empate, mas pouco tempo depois de iniciado a etapa complementar, provamos do mesmo veneno já aplicado pela Macaca. Mesmo com o domínio e maior posse de bola, levamos o gol da virada em novo contra ataque, dessa vez pela direita. A partir daí, nada mais deu certo, diferentemente de outras ocasiões e a reação não veio.

O time se perdeu em sua própria mediocridade e facilitou as coisas pra Ponte que nunca havia vencido uma partida no Rio, em tempo algum de seus cento e poucos anos de existência. E o Botafogo, pra variar, tinha que ser o primeiro.

Amargamos mais uma derrota melancólica, diante da torcida. Deu pena de ver El Loco em campo totalmente fora de contexto. O mesmo pode se dizer de Maicosuel, que errou tudo que tentou no tempo em que esteve em campo. Elkeson, geralmente voluntarioso, também nada produziu. O Botafogo não chuta no gol e a única coisa que o goleiro Édson Bastos fez, foi cera.

De novo o Robin Hood do campeonato entrou em ação. Adeus G-4!

Felip@odf/BotafogoDePrimeira